Contradições: mãe deu cinco versões sobre o sequestro de bebê de 15 dias, polícia segue na busca

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Durante entrevista coletiva realizada na noite desta segunda-feira, 14, a Polícia Civil de Alagoas informou que a mãe da recém-nascida Ana Beatriz apresentou cinco versões diferentes sobre o desaparecimento da filha. A menina morava com a família na cidade de Novo Lino e está desaparecida desde a última sexta-feira, 11.

A mudança nos relatos levou a polícia a descartar a hipótese de sequestro e considerar a possibilidade de que a bebê tenha morrido e tido o corpo descartado. As buscas pela criança mobilizam policiais militares, civis, bombeiros e cães farejadores, que percorrem a área próxima à residência de Eduarda Silva de Oliveira, mãe da bebê.

Primeiro, a mãe relatou que a bebê havia sido sequestrada por um grupo dentro de um carro. A Polícia Civil entrou em contato com as polícias de Pernambuco e localizou o carro descrito por Eduarda, mas constatou-se que o veículo não tinha qualquer relação com o desaparecimento da bebê. Com isso, a hipótese de sequestro foi descartada.

“Ela disse que havia quatro pessoas dentro de um veículo, sendo três homens e uma mulher. Esse veículo teria parado na beira da pista e realizaram a abordagem, sendo que dois homens teriam descido [do carro], tomado a criança dos braços da moça e teria esse veículo seguido em direção a Pernambuco”, afirmou o delegado Igor Diego.

A versão mais recente dada pela mãe é de que dois homens encapuzados invadiram sua casa, abusaram sexualmente dela e raptaram a criança. “Dessa vez, ela disse teria dormido com o portão aberto, dois indivíduos encapuzados teriam entrado na casa dela, teriam abusado sexualmente dela, teriam raptado a criança”.

Essa nova versão também foi descartada. Os vizinhos informaram não ter ouvido gritos durante a suposta invasão e as câmeras de segurança da região não registraram nenhuma movimentação estranha.

Apesar das inconsistências, os investigadores destacam que todas as versões fornecidas por Eduarda estão sendo checadas. A prioridade da polícia, segundo Igor Diego, continua sendo encontrar Ana Beatriz.

“Nós gastamos toda a energia da PM e da PC em verificar cada uma das situações. Toda vez que a gente trazia as informações e mostrava que não batiam os fatos que eram traçados por ela, ela inventava uma nova versão. A gente tem que checar tudo”, afirmou.

“A princípio, o objetivo é encontrar a Ana Beatriz. Se ela criar uma sexta versão, uma sétima versão, nós vamos acreditar nela com o objetivo de ela estar contando a verdade e a gente encontrar a Ana Beatriz”.
A Polícia Civil também considera as possíveis implicações psicológicas envolvendo o puerpério. “A gente sabe que podem acontecer diversas situações em um período pós-parto. Existe a questão do puerpério, existe a questão psicológica. Tudo pode ter acontecido”, concluiu o delegado.

fonte: jornal extra