Em audiência pública, Carol Dias defende planejamento antecipado para acolhimento de idosos

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A presidente do PL Jovem em Alagoas, Carol Dias, participou na manhã desta sexta-feira (3), da audiência pública da Câmara Municipal de Maceió (CMM), que discutiu o financiamento das Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs) em Maceió.

O encontro colocou em pauta a grave situação financeira das 14 ILPIs sem fins lucrativos que atuam na capital, responsáveis pelo acolhimento de cerca de 522 pessoas idosas. Hoje, essas instituições sobrevivem, em grande parte, da retenção de 70% do Benefício de Prestação Continuada (BPC) dos idosos acolhidos. O valor, no entanto, não cobre o custo médio de R$ 2,8 mil por mês por idoso, o que compromete a qualidade do serviço.

Para Carol Dias, a discussão não deve se limitar apenas à sobrevivência das atuais instituições, mas deve apontar para o futuro. Ela destacou a mudança nos núcleos familiares ao longo dos anos, o que aumentou a necessidade de acolhimento institucional.

“A nossa sociedade tem mudado bastante. Viemos de núcleos familiares muito grandes e isso tem diminuído bastante nos últimos anos. Isso fez com que crescesse a demanda pelo aumento de instituições de longa permanência, pois o corpo familiar acabou diminuindo. Essas pessoas que chegam lá não têm mais o auxílio familiar”, afirmou.

Carol lamentou que a discussão esteja centrada na manutenção das ILPIs existentes, quando, em sua visão, o debate deveria prever o aumento da rede de acolhimento. Ela chamou atenção ainda para dois pontos: a situação dos idosos em situação de rua e o envelhecimento de pessoas atípicas, que futuramente também precisarão de instituições de acolhimento.

“Lamento muito que, ao invés de estarmos discutindo o aumento, estamos discutindo a permanência do que já existe. Existem populações que nós pensamos, mas deveríamos estar preocupados com a população que vai crescer. Os idosos em situação de rua não têm nem o direito de envelhecer. E, nos últimos anos, tem crescido de forma drástica a quantidade de pessoas atípicas, que vão envelhecer sem o apoio de irmãos ou família. Cabe a nós, como poder público, discutir desde já como iremos acolher essas pessoas”, reforçou.

“Não dá para fazermos um plano de contingência daqui a 20 anos e decidir às pressas as medidas que iremos tomar para essas pessoas. É preciso planejar agora”, concluiu Carol Dias.